Archive for dezembro 2013

Lana Del Rey - Melancolia e Romance

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Lana Del Rey tem revolucionado meu gosto musical. Eu que nunca gostei de música "eletrônica", sempre atenta a cada pequeno acorde mal elaborado, acabei me apaixonando pela norte americana.
Com temas que envolvem amores não correspondidos, total doação e submissão da mulher ao relacionamento (o que não recomendo, viu mulheres?), com melodias sensuais e melancólicas, o pseudônimo de Elizabeth Grant tem conquistado espaço e respeito, não apenas no meu gosto, mas também em toda a indústria musical – e mesmo os que não curtem muito a onda, geralmente comentam a originalidade da cantora.

Lana possui diversas referências que estão explícitas de maneira gritante para quem conhece um pouco da Hollywood nos anos 60. É fã assumida de Marilyn Monroe, Elvis Presley, James Dean e Leonard Cohen. Devo acentuar que a princípio odiei aquela estranha figura de unhas cumpridas, cabelo cheio de laquê e voz arrastada. “Essa mulherzinha quer dá uma Leonard Cohen do pop com essa vozinha rouca? Erh, não pro meu lado.” Era o amor florescendo. Logo depois me deparei com uma versão linda que ela fez de Chelsea Hotel No 2, do Cohen. Em 2010, depois de upar o vídeo da canção Video Games em sua conta no youtube Lana Del Rey sairia pra sempre do anonimato para conquistar ouvintes com a doçura, melancolia e intensidade presentes em suas composições. 

O primeiro álbum oficial da cantora foi lançado em janeiro de 2012. “Born to Die” destacou-se na mídia digital e ganhou o mundo através do Itunes Store. Sim, ela é uma mistura de várias referências e em torno de sua imagem rumores denunciam que cada trejeito suave, sensual e sombrio que ela produz foi milimetricamente moldado.
Quem sabe? Mas  é inegável o talento para o “down” que Del Rey possui. Com o estilo totalmente vintage – inclusive levando os anos 50/60  para os clipes que produz – a cantora recentemente adentrou no mundo cinematográfico. Com o lançamento do curta metragem "Trópico" de pouco mais de 30 minutos, Lana tem sido ativa nos projetos que se dispõe a fazer. E eu, como boa apreciadora, aguardo as novidades.  

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Pequeno Irmão, por Cory Doctorow

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Livro: Pequeno Irmão

Autor: Cory Doctorow
Ano de lançamento: 2008 (2011 no Brasil)

Marcus, pseudônimo “w1n5t0n”, só tem 17 anos, mas acha que sabe tudo sobre como o sistema funciona – inclusive como passar a perna nele. Esperto, rápido e descolado no mundo da internet, Marcus não tem problema nenhum em enganar os sistemas de segurança da escola. Mas sua vida muda totalmente quando ele e os amigos são presos pelo Departamento de Segurança e levados a uma prisão secreta onde serão interrogados.
Lá fora, São Francisco sofre um gigantesco ataque terrorista. Agora, cada cidadão é tratado como um terrorista em potencial. Ele sabe que ninguém vai acreditar na sua história, então só lhe resta uma opção: derrubar o sistema com as próprias mãos.


O livro já foi traduzido para 23 línguas e os fãs são tantos que, pela internet, circulam campanhas de arrecadação de fundos para que o livro seja traduzido em idiomas menores como o birmanês e oesloveno.
Marcus Yallow é um hacker de apenas 17 anos que vive em um futuro não muito distante em São Francisco. Na escola em que estuda, chamada Cesar Chavez, Marcus é acusado de hackear o sistema de segurança da instituição pelo vice diretor Frederick Benson.Os dois nunca se deram bem, e Marcus acredita que que o vice diretor tenta constantemente se livrar dele. Marcus é liberado por falta de provas e volta à sua sala.
Mais tarde no mesmo dia, Marcus e seu amigo Darryl "gazetam" aula para jogar um MMORPG que inclui desafios que ocorrem na vida real. Eles marcam de se encontrar com dois outros amigos, Vanessa e Jolu. Enquanto procuram por coisas relacionadas ao jogo, uma série de explosões ocorre na cidade. O que ativa vários alarmes avisando às pessoas para correrem para um abrigo. A ideia inicial do grupo é ir para esse abrigo, mas desistem no meio do caminho. Ao saírem Darryl é esfaqueado no meio da multidão. Quando eles finalmente conseguem escapar da multidão descontrolada e acenam para um veículo (pois Darryl precisava de cuidados médicos) três homens saem do veículo, que agora Marcus percebe ser Militar, colocam sacos nas cabeças de cada um dos membros do grupo e depois os enfiam dentro do carro.
Marcus vai parar em um lugar desconhecido, onde é interrogado e tratado com condições precárias. Chegando até a sujar sua roupa fazendo suas necessidades fisiológicas sem poder sair do lugar. Marcus descobre que eles foram levados pelo Departamento de Segurança, acusados de terem algum envolvimento com os atentados.
Marcus e seus amigos acabam por descobrir terrivelmente como é estar no lugar errado na hora errada.
Depois de uma série de interrogatórios e torturas psicológicas Marcus, Jolu e Vanessa são liberados, mas o paradeiro de Darryl é totalmente desconhecido. 
O Governo, com objetivo de descobrir os culpados pelo atentado, censura a informação e o acesso à internet. Marcus se revolta, e usando seu console Xbox cria uma rede de protestos na internet que não podem ser rastreados pelo Departamento de Segurança. Uma "guerra virtual" será travada e só quem ler vai poder descobrir quem vencerá.
O livro só tem um ponto negativo. Se você comprar a edição nacional do livro com certeza encontrará erros de digitação na tradução, que mesmo sendo irritantes, não afetam a compreensão dessa incrível história.
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