Relutei para assistir
esse filme. Tanto pela atuação da Emma Watson, que finalmente se desligou do
mundo Harry Potterano, quanto pela temática. A princípio me pareceu mais uma
produção cinematográfica em que o ‘desajustado’ do ensino médio conseguiria ser
popular/era maltratado. Típico clássico teenager
americano.
Mas o filme aborda temas bem
interessantes. Alguns mais polêmicos, outros mais comuns. Vai desde o bullying
até a repressão de lembranças que fazem com que Charlie, o protagonista,
interpretado por Logan Lerman, seja fechado, tenha surtos psicóticos e
tendências suicidas.
As boas mensagens estão implícitas
nos diálogos e na maneira como os adolescentes tratam uns aos outros. A irresponsabilidade
e imaturidade dos jovens, muito inteligentes, faz com que as conversas sejam
sempre as melhores e as tiradas geniais e hilárias. Confesso que até fiz
algumas pausas pra ficar rindo.
Devo declarar que aprecio a
atuação de Ezra Miller, o Patrick “Nothing” que interpreta o irmão de Sam (Emma
Watson). O vi pela primeira vez ao assistir Precisamos
falar sobre Kevin, mas nunca me encantei tanto por ele como agora. Realmente
vi um potencial imenso. Quanto a Emma não foi mais do que eu esperava.
Sempre achei uma boa atriz, então nada de tietagem aqui.
O roteiro do filme é bem clichê,
mas o que faz com que ele seja bonito e emocionante é a forma como o diretor
trabalha com isso, sempre tentando fugir do convencional e esperado. Explorando as nuances para deixar a produção mais leve. O final é
muito bom porque transpõe o ‘felizes para sempre’ e humaniza os típicos erros e acertos de jovens que estão começando a viver. A trilha sonora é impecável. É um filme que vale a pena, tanto para reflexão quanto a nível de entretenimento. Recomendadíssimo.
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