Particularmente tenho um amor incondicional pelo cantor Damien Rice.
Praticamente tudo o que ele faz é genial. Talvez por, de certa forma, me
encaixar em cada palavra que ele compõe, e a elaboração de arranjos e melodias
suaves – mas que se intensificam a cada minuto. Não é a toa que deixei de
lado um pouco meu gosto por vocais guturais e guitarras mais pesadas. Nutro
também uma simpatia pelo violino e violoncelo, presentes em quase todas as
músicas de cantor/compositor/instrumentista - que tem um apego grande à
melancolia.
E por falar em Damien, meu antigo blog, intitulado ‘Cold Water’
teve o título inspirado em uma de minhas canções favoritas, do álbum 'O',
lançado em 2002, e que tem uma história muito interessante. O disco foi
produzido dentro de um quarto, por conta do baixo orçamento que ele tinha na
época, com tiragem limitada e tudo mais. Ele nunca imaginou que a fama chegaria
logo em seguida. A famosa música ‘The Blower’s Daughter’ que embalou o
filme Closer e rendeu diversos prêmios ao artista,
consolidando o seu bom gosto e genialidade.
O irlandês embalou as melhores e piores experiências da minha vida. E
devo acrescentar que apesar da maioria das pessoas que sofrem decepções
amorosas preferirem não voltar a ouvir novamente certa música/banda, eu
simplesmente não acho isso um problema. Relaciono Damien Rice a um
momento bom, sem jamais ‘sujar’ o sentimento que a melodia e letra me remetem.
E por falar em letras, devo acrescentar que todas elas são intensas, e
parecem conversar com o nosso âmago de forma clara e direta. Impossível não se
emocionar e não conseguir parar de ouvir.
Apesar de Damien não compor músicas novas já há algum tempo, ressalto
que vale muito a pena se dispor a conhecer sua obra.
(Inclusive a música 'Grey Room’, do álbum 9, que deu origem ao
nome deste humilde e despretensioso blog).
Links:
Postar um comentário